quarta-feira, 27 de outubro de 2010

se liga na ÁFRICA

A desertificação do Sara, começada há dez milénios, é a causa dos grandes movimentos de populações que conduziram os homens caçados pela seca de estabelecer-se em margem do deserto (vales Nil, o Níger) ou a meter-se nas florestas équatoriales do Sul para desenvolver civilizações originais. Seguidamente, o Sara, que tem-se tornado hostil, fez serviço de barreira entre os povos da África subsariana, desprovidos de cavalos ou camelos, e os da África do Norte que, uma uma vez possessão destas montagens (para o fim do 1 milénio antes da nossa era), adquiriram uma superioridade e desenvolvidos de grandes vias de comunicação através do deserto.


As regiões o mais densamente possível povoadas do continente situam-se ao longo das costas setentrionais e ocidentais, nas bacias o Nil, o Níger, o Congo e o Senegal e na região dos Grandes Lagos. A Nigéria, com os seus 130 milhões de habitantes (em 2005), o país é povoado mais uma África, mas o Ruanda (347 habitantes ao Km ², estimativa 2006) e o Burundi (315 habitantes ao Km ²), que contam entre mais pequenos os países do continente, têm uma densidade muito importante, em zona de colinas, uma realidade que é a causa de problemas sociais, económicos e políticos.
A taxa de natalidade na África atinge 38 ‰ (em 2006). Os progressos da medicina desdela Seconde Guerremundiais provocaram uma forte queda da taxa de mortalidade (15 ‰ em média). A população cresce anualmente 2,3 % (2,6 % sobre o período 1975-2005). Contudo, estas estatísticas variam largamente de um país ao outro e de acordo com as regiões: a taxa de crescimento natural atingiu 3,41 % no Uganda sobre o período 2000-2005, contra 1,48 % ao Marrocos. A pirâmide das idades é muito larga à base: por exemplo, a idade mediana da população no Uganda atinge 14,8 anos em 2005,15,8 anos ao Mali. À origem essencialmente rural, a população africana urbanise rapidamente, nomeadamente na África do Norte.


Religiões - Tradicionais africanas


Religião Tradicional Africana
Continuando nosso estudo sobre as religiões da humanidade, apresentamos, desta vez, apenas uma parte do grande patrimônio das religiões tradicionais. Nunca poderemos entrar totalmente nesse mundo, já que nossa cultura ocidental não possui as chaves para abrir suas portas mais íntimas.
RELIGIÕES TRADICIONAIS
As religiões dos povos que se baseiam em mitos, lendas e tradições, eram classificadas como religiões primitivas. Esse termo passou a ser quase sinônimo de pagão, e seus praticantes eram tidos como pessoas sem cultura, atrasadas, sem técnica, sem Deus...
Atualmente, os estudiosos, revendo os erros do passado que justificaram escravidão e morte, usam o termo religiões tradicionais. Dessa maneira, mesmo sendo muito diferentes da religiosidade de outras culturas, fica mais fácil entender estas manifestações religiosas tão ricas e das quais muito podemos aprender.
O mundo destes povos muitas vezes não encontra explicações satisfatórias em nossa mentalidade, que exige provas, raciocínios, lógica. O mundo tradicional liga intimamente a vida em suas manifestações.
Nesse sentido, para entendermos melhor as religiões tradicionais, é importantíssimo ter uma atitude de abertura, sem preconceitos ou pré-julgamentos.
Tenhamos em conta também que essas religiões não possuem textos escritos ou livros sagrados, mas se baseiam na tradição, ou narração passada de geração para geração, sobre os conteúdos e a maneira de viver sua religiosidade. Isso se dá em forma de histórias, ritos, provérbios, danças, músicas, festas.
O Concílio Vaticano II reconheceu que as religiões tradicionais são expressões de uma experiência religiosa em que estão presentes muitos elementos de verdade, de graça e que representam a grande riqueza desses povos (AG 9).
RELIGIÃO TRADICIONAL AFRICANA
Para falarmos disso, precisamos, em primeiro lugar, deixar claro sobre qual região da África ou qual religião iremos abordar. Para isso, dividimos a África assim:
1) África do norte: desde o Atlântico e Mediterrâneo até o Saara, incluindo o Egito e a Etiópia. Esta região é dominada pelo Islamismo e pelo Cristianismo.
2) África centro-sul: desde a Rep. Dos Camarões, Quênia..., até o extremo sul. Esta parte da África, povoada principalmente por tribos aborígenes, é dominada pelas religiões tradicionais, exceto uma relevante percentagem que praticam o cristianismo, o islamismo e até o hinduísmo.
Um erro comum é supor que todos os povos africanos são da mesma raça e que tiveram a mesma origem, o que leva a supor que tenham também os mesmos costumes e a mesma religião.
Queremos aqui falar da religião tradicional dos africanos negros e não da população cristã e muçulmana presente, há muitos séculos, no continente.
ESPIRITUAL E MATERIAL
A religião tradicional africana distingue dois aspectos da realidade: aquilo que é visível, físico, material..., e aquilo que é invisível e espiritual. Estes dois aspectos fundem-se entre si: nenhuma coisa do mundo físico é tão material que não contenha em si elementos do mundo espiritual. Isto conduziu à crença de que há espíritos nas pedras, nas montanhas, nos rios, nas árvores, nos trovões, no Sol e na Lua... Daí a religião tradicional africana ser muitas vezes chamada também de religião animista.
Seus praticantes vivem em profunda harmonia com todo o universo e esforçam-se para comportar-se de maneira adequada, conforme as leis morais. Isso não significa que não existem momentos religiosos mais destacados de outros, considerados profanos, mas toda a vida é sustentada pelo elemento religioso que une os seres, o cosmo, o mundo invisível e o Ser Superior. Todo o universo tem uma alma.
OS RITOS
Ritos, cerimônias, preces... são algumas das modalidades através das quais o ser humano procura se expressar e alcançar sua própria harmonia com o todo. Mas o que importa é a atitude interior que caracteriza a vida dos povos tradicionais, uma atitude profundamente religiosa. Cada fato cotidiano, banal ou importante, é colocado num contexto que supera a dimensão material.
O ritual sacraliza os momentos importantes da vida: nascimento, adolescência, matrimônio e morte. Existe, além disso, uma grande variedade de ritos: de iniciação, purificação, propiciação, comemoração, ação de graças etc.
Os ritos de iniciação garantem a boa integração na comunidade dos vivos, e os ritos fúnebres garantem a benevolência dos antepassados: por isso, devem ser bem feitos. Freqüentemente, a iniciação é também o ingresso em uma “sociedade secreta”, onde se aprendem ritos secretos, mitos secretos e mesmo uma linguagem secreta...
Os africanos possuem lugares de culto, embora muito modestos: pequenas cabanas, altares junto aos caminhos, cumes de montanhas... As oferendas são feitas para pedir saúde, vida, sucesso...
A oração comunitária é a preferida e exprime-se com danças e cantos.
O mesmo acontece com os ritos: impera a criatividade, o movimento, o dinamismo...
ELEMENTOS
As religiões tradicionais africanas, diferentes em muitas manifestações, de acordo com os respectivos povos, possuem vários pontos comuns essenciais, mas tendo como objeto central a vida.
Potências espirituais: Abaixo do Ser Supremo existem inúmeras potências mais ou menos espirituais, que se ocupam das coisas mundanas, em lugar do Ser Supremo, e que, por isso, são muito invocadas (como os orixás dos ioruba).
Demiurgo: A criação foi feita mediante um demiurgo (artífice), que é um antepassado mítico, às vezes identificado com o fundador do povo, ao qual se devem tanto a geração do ser humano como a introdução dos costumes, ofícios e ritos.
Ritos de iniciação: Como todos os povos primitivos, os africanos dão importância aos ritos de iniciação que, não raro, exigem provas duríssimas, até sangrentas (mutilações).
Danças: Na falta de livros, os ritos desempenham papel importante na manutenção viva e atuante das tradições religiosas e sociais. Neste sentido, as danças são de fundamental importância, pois, no seu ritmo e dinamismo, dão a máxima expressão a todas as atividades do grupo.
Curandeiros: Com artes próprias, como incisões e aplicações de ervas, e mesmo com o recurso da sugestão, atendem às necessidades do povo.
Culto: Em geral, os africanos não possuem estátuas, nem templos e sacerdotes. Os sacrifícios de animais (porcos, cães, cabritos, aves...) não são oferecidos a Deus como adoração, mas aos orixás (espíritos intermediários), como veículo de comunicação com os vivos, já que o sangue é tido como portador de vida.
Moral: Para o africano, moral e religião são praticamente a mesma coisa. As ações que prejudicam a convivência humana ou o equilíbrio das forças naturais, são punidas pela autoridade tribal ou reparadas por ritos religiosos, pois irritam igualmente os espíritos, provocando calamidades públicas, como secas, enchentes, enfermidades, mortes... Desta forma, o africano se vê obrigado a respeitar os bens, a vida e a pessoa do próximo, ainda que não conheça preceitos morais impostos por Deus. O adultério é também severamente condenado, embora a vida sexual seja encarada com muita tolerância, pois se trata do exercício de uma função vital.

símbolos africanos 2

Símbolos africanos

nsoromma
Criança do Céu (estrelas) Símbolo da Guarda Um lembrete que o deus é o pai e zela por todos os povos
Nkyi
símbolo da iniciativa, do dinamismo e da versatilidade

nkonsokonson
Ligação símbolo da unidade das relações. lembra que na unidade encontra-se a força


Gyen Nyame
simboliza a supremacia de deus

Funtunfunefu - DENKYEMFUNEFU
Crocodilos Siameses símbolo da democracia e da unidade O estômago siames une os crocodilos, contudo eles lutam pelo alimento excedente. Este símbolo popular lembra que a guerra e o tribalismo são prejudiciais a tudo que acomplam neles.


Eban
cerca Símbolo do amor e da segurança a residência ao Akan é um lugar especial. Uma residência que tenha uma cerca em torno dela é considerada uma residência ideal. A cerca simbolicamente separa e fixa a família da parte externa. Por causa da segurança e da proteção que uma cerca tem, o símbolo é associado também com a segurança e a segurança uma encontra no amor.


nyame nti
Pela graça de Deus Simboliza a fé e a confiança em deus



Adôbe De Owo Foro
Serpente que escala a arvore. Simboliza a prudência


nyame biribi wo soro
Deus está no céu. Simboliza a esperança



Fihankra



Dwennimmen
Chifre de Ram Simbolo da humanidade com a Força



Denkyem
Crocodilo. Simboliza a adaptabilidade




Bi Do Bi Inka
ninguém deve morder os outros. Simboliza a paz e harmonia




Akoma Ntoso
Corações Ligados Simboliza a compreensão e o acordo


Akoma
O coração Simboliza a paciência e a tolerância


Akoko Nan
O pé de uma galinha




Akoben
O Chifre da Guerra. Simboliza a vigilância.




Adinkrahene
É o chefe dos símbolos adinkra. Simboliza a liderança, o carisma e a grandiosidade


Aprendendo o Significado dos Símbolos Adinkra
Gravura de Reunião, onde se repassa o significado de cada símbolo. Cada pessoa tem seu banco específico.

símbolos africanos

A capoeira

A capoeira é uma arte marcial que na verdade é uma mistura de  luta, dança, arte marcial, cultura popular, música e brincadeira.
Desenvolvida por escravos africanos trazidos ao Brasil e seus descendentes, é caracterizada por movimentos ágeis e complicados, feitos com frequência junto ao chão ou de cabeça para baixo, tendo por vezes uma forte componente acrobática. Uma característica que a distingue de outras lutas é o fato de ser acompanhada por música.
A palavra capoeira tem alguns significados, um dos quais refere-se às áreas de mata rasteira do interior do Brasil. Foi sugerido que a capoeira obteve o nome a partir dos locais que cercavam as grandes propriedades rurais de base escravocrata.

danças africanas projeto A ÁFRICA ESTA EM NÓS

A dança  AFRICANA
Originou-se na África como parte essência da vida nas aldeias. ela acentua a unidade entre seus membros, por isso é quase sempre uma atividade grupal. Em sua maioria, todos os homens, mulheres e crianças participam da dança, batem palmas ou formam circulos em volta dos bailarinos. Em ocasiões importantes, danças de rituais podem ser realizadas por bailarinos profissionais. Todos os acontecimentos da vida africana são comemorados com dança, nascimento, mortem plantio ou colheita; ela é a parte mais importante das festas realizadas para agradecer aos deuses uma colheita farta. As danças africanas variam muito de região para região, mais a maioria delas tem certas características em comum. Os participantes geralmente dançam em filas ou em círculos, raramente dançam a sós ou em par. As danças chegam a apresentar algumas vezes até seis ritmos ao mesmo tempo e seus dançarinos podem usar máscaras ou enfeitar o corpo com tinta para tornar seus movimentos mais expressivos. As danças em Marrocos usam normalmente uma repetição e um constante crescimento da música e de movimentos, criando um efeito hipnótico no dançarino e no espectador. Entre elas destacam-se a Ahouach, Guedra,
Gnawa e Schikatt.

As influências

Sabe-se que desde a invasão dos colonizadores, a partir do século XIV e XV em África, tudo sofreu alterações desde os nomes usados até à própria civilização isto devido à permanência dos colonos desde essa data até aos nossos dias, com a entrada de outras culturas.

Agora aqui sublinho no que toca a dança que houve uma fusão entre os nossos ritmos tradicionais com a forma de dançar a par importada da sociedade européia, em que este tipo de dança era praticada nas cortes, nos salões nobres e da burguesia como por exemplo na contradança, valsa, mazurca, polca…, levadas não só pelos senhores como pelos seus criados e até por alguns escravos.

Ritmos

Ao ritmo do Semba, Funaná, Kuduro, Sakiss, Puita, Marrabenta, e outros sons da música folclórica, são dançadas em pequenas coreografias, trabalhando assim os movimentos da anca, o rebolar da bunda , e a facilidade de juntar a agilidade dos braços, pernas e cabeça, num só movimento culminando num trabalho de ritmo corporal.

Capoeira

A Capoeira é uma luta disfarçada em dança, criada pelos escravos trazidos da África nos navios negreiros para o Brasil.
Dentro das Senzalas após a mistura das culturas das diversas tribos africanas que aqui se encontraram, foi-se ao poucos somando o Ngolo que era um jogo de luta praticado nas tribos africanas, o qual o vencedor escolheria uma mulher da tribo a qual seria sua esposa; a ânsia de liberdade dos escravos que sofriam presos nas senzalas, trabalhando o dia todo ou apanhando e resultando na primeira forma de defesa dos escravos contra as maldades que sofriam o qual começaram a ocorrer as primeiras fugas dos negros e a fundação dos Quilombos.
Na época da escravidão toda cultura negra era reprimida, principalmente se tivesse uma conotação de luta, então para poder ser disfarçada a sua prática entre os negros, foi adicionado os instrumentos musicais que deram uma imagem de dança a Capoeira, com músicas que falam de Deuses africanos, Reis das tribos a qual vieram, fatos acontecidos na roda de Capoeira, acontecimentos e sofrimentos do dia-a-dia dos escravos e etc...!
Como ninguém tinha interesse sobre a cultura negra, ninguém notava que aquela simples dança, brincadeira e ritual era na verdade a luta marcial dos escravos, que se camuflava para poder permanecer ativa.

Schikatt

Dança erótica e popular das mulheres marroquinas. Muitos movimentos têm origem nas danças orientais. Foi de uma combinação da influência árabe com o folclore berbere que nasceu esta dança.
As dançarinas usam camadas de véus cobrindo o corpo, do pescoço ao tornozelo, e se enfeitam com muitas jóias; elas cantam, tocam instrumentos e batem palmas enquanto dançam.
O schikatt tem um passo característico chamado rakza, quando a dançarina bate com os pés como na dança flamenca.

Gnawa


A dança Gnawa celebra um ritual da seita de Sufi.

Cada ritmo tem muitos significados simbólicos que vão de poderes curativos ao exorcismo.

Uma cor específica é usada para cada dança, invocando o espírito da cerimônia, Hadra, o qual é trazido à terra de um outro mundo etéreo.

Dançarinos usam roupas brancas e chapéus pretos pesadamente enfeitados com conchas, contas, mágicos talismãs e amuletos. Em pé em linha ou círculo, os músicos mantêm o ritmo com tambores ou batendo palmas enquanto dançarinos executam danças acrobáticas.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Cultura da África

Como uma gota de tinta em papel branco, a África foi deixando suas marcas pelo mundo. O êxodo faz parte não da cultura, mas da necessidade de povos que sofrem o desastre da globalização.
Primeiro alguns foram retirados de suas terras, em uma imigração forçada. Pedaços africanos amputados foram espalhados pelos países colonizadores. A fácil identificação através da cor da pele, fez com que a marginalização não estivesse necessariamente associada à essência pobre ou cruel, mas sim ao que estava ao alcance dos olhos. A pele negra sempre esteve aliada ao sujo, desprezível, baixo, ignorante, repugnante, primitivo. Todos adjetivos que foram se perpetuando pelo imaginário coletivo. Segundo Goebbels uma verdade tantas vezes contada, acaba virando verdade. E aí se reforçou o instinto racista.
Em uma Europa multifacetada vemos a marca africana impregnada em cada canto. Negros franceses, ingleses, holandeses, de todas as nacionalidades. Há também os africanos marroquinos, argelinos, que são de identificação mais complicada. Essa invasão assusta o continente. Temem perder a identidade européia, querem manter a pureza de Hitler.
O que dizer de uma França que recebe por ano um número três vezes maior de imigrantes do que de nascimentos em seu território? O presidente Sarkozy(de origem húngara) quer expulsar do país o maior número de estrangeiros ilegais possível. Talvez não saiba que esses árabes, africanos, asiáticos ou até mesmo do leste europeu, são parte fundamental da mão-de-obra francesa. Um dia sem esses imigrantes levaria o país à bancarrota.
Só que o problema é muito mais profundo. Assim como estamos acostumados no Rio de Janeiro, as abordagens policiais na caça aos ilegais(Sans Papiers) são feitas através da identificação visual. Isto é, negros em sua maioria, são os escolhidos para passarem pela inspeção policial atrás de documentos que provem ou não a ilegalidade destas pessoas. Onde está a igualdade, a fraternidade, a liberdade?
Os europeus tornaram a África um local muito difícil para se viver, e hoje, que os negros por necessidade, tem de sair de seus países em busca de algo melhor, não encontram nos seus algozes algum alento. Porém esta invasão ao contrário se tornou irreversível. A Europa pintou em sangue a África. E agora em negro, os africanos vão espalhando sua cor, sua identidade, sua vida.
Em busca da liberdade prometida, esses negros vão vivendo então, presos nos guetos e subúrbios do primeiro mundo. São eles os pedreiros, faxineiros, seguranças, prostitutas... Humanos, porém marginais. Lembrados no esporte, na música, dificilmente na literatura, pois se a eles lhes for concedido o poder da palavra, transbordarão rios de prantos e verdades que o mundo não está preparado para receber. O silêncio dos africanos é como uma mina terrestre à espera de sua vítima. Possui um poder devastador, só precisa ser acionada.
O pensamento e o direito à palavra salvarão os homens marginalizados do desastre da segregação. Por alguns instantes podem fechar os olhos para não ver, porém, hoje, o mundo é recheado de África. Cada ponto escuro ao nosso redor significa luz. A luz da alma negra.

o continente africano

Introdução
Nas escolas e nos livros, costumamos estudar apenas a história de um povo africano: os egípcios. Porém, na mesma época em que o povo egípcio desenvolvia sua civilização, outros povos africanos faziam sua história. Conheceremos abaixo alguns destes povos e suas principais características culturais.
O povo Bérbere
Os bérberes eram povos nômades do deserto do Saara. Este povo enfrentava as tempestades de areia e a falta de água, para atravessar com suas caravanas este território, fazendo comércio. Costumavam comercializar diversos produtos, tais como : objetos de ouro e cobre, sal, artesanato, temperos, vidro, plumas, pedras preciosas etc. 
Costumavam parar nos oásis para obter água, sombra e descansar. Utilizavam o camelo como principal meio de transporte, graças a resistência deste animal e de sua adaptação ao meio desértico.
Durante as viagens, os bérberes levavam e traziam informações e aspectos culturais. Logo, eles foram de extrema importância para a troca cultural que ocorreu no norte do continente.
Os bantos
Este povo habitava o noroeste do continente, onde atualmente são os países Nigéria, Mali, Mauritânia e Camarões. Ao contrário dos bérberes, os bantos eram agricultores. Viviam também da caça e da pesca.
Conheciam a metalurgia, fato que deu grande vantagem a este povo na conquista de povos vizinhos. Chegaram a formar um grande reino ( reino do Congo ) que dominava grande parte do noroeste do continente. 
Viviam em aldeias que era comandada por um chefe. O rei banto, também conhecido como manicongo, cobrava impostos em forma de mercadorias e alimentos de todas as tribos que formavam seu reino.
O manicongo gastava parte do que arrecadava com os impostos para manter um exército particular, que garantia sua proteção, e funcionários reais. Os habitantes do reino acreditavam que o maniconco possuía poderes sagrados e que influenciava nas colheitas, guerras e saúde do povo.
Os soninkés e o Império de Gana

Os soninkés habitavam a região ao sul do deserto do Saara. Este povo estava organizado em tribos que constituíam um grande império. Este império era comandado por reis conhecidos como caia-maga.
Viviam da criação de animais, da agricultura e da pesca. Habitavam uma região com grandes reservas de ouro. Extraíam o ouro para trocar por outros produtos com os povos do deserto (bérberes).  A região de Gana, tornou-se com o tempo, uma área de intenso comércio.
Os habitantes do império deviam pagar impostos para a nobreza, que era formada pelo caia-maga, seus parentes e amigos. Um exército poderoso fazia a proteção das terras e do comércio que era praticado na região. Além de pagar impostos, as aldeias deviam contribuir com soldados e lavradores, que trabalhavam nas terras da nobreza.

 mais um pouco  História da África


A África tem como característica a diversidade cultural e sua História está bastante ligada à História do Brasil. Os africanos, que foram trazidos para nosso país como escravos, entre os séculos XVI e XIX, enriqueceram a cultura brasileira com seus costumes, rituais religiosos, culinária, danças etc. Somente no século XIX, com o movimento abolicionista, os negros ganharam a liberdade com a assinatura da Lei Áurea (1888).


O continente africano é um território banhado pelo Oceano Atlântico, pelo Mar Mediterrâneo e pelo Oceano Índico, onde provavelmente surgiram os primeiros seres humanos. Os mais antigos fósseis de hominídeos foram encontrados na África e têm cerca de cinco milhões de anos. Esse tipo de hominídeo, que habitava o sul e o leste da África, há cerca de 1,5 milhão de anos evoluiu para formas mais avançadas: o Homo habilis e o Homo erectus. O primeiro homem africano, o Homo sapiens, data de mais de 200.000 anos.

O Egito foi provavelmente o primeiro estado a constituir-se na África, há cerca de 5000 anos, mas muitos outros reinos ou cidades-estado foram sucedendo-se neste continente, ao longo dos séculos. Além disso, a África foi, desde a antiguidade, procurada por povos de outros continentes, que buscavam as suas riquezas como sal e ouro. A atual divisão territorial da África, no entanto, é muito recente – de meados do século XX – e resultou da descolonização européia.

No fim da década de 70, quase toda a África havia se tornado independente. Os jovens Estados africanos enfrentam vários problemas básicos, como o desenvolvimento econômico, o neocolonialismo e a incapacidade de se fazerem ouvir nos assuntos internacionais. A maioria dos Estados africanos é considerada parte do Terceiro Mundo.

 


quinta-feira, 9 de setembro de 2010

A RENOVAÇÃO

21 de Setembro

No hemisfério sul, o dia 21 de Setembro prenuncia a chegada da primavera, no dia 23, estação onde a natureza parece recuperar toda a vida que estava adormecida pelos dias frios de inverno.
No Brasil, carregamos fortes laços com a cultura indígena que deu origem a este país; um deles é o amor e respeito pelas árvores como representantes maiores da imensa riqueza natural que possuímos. Os índios também utilizavam este período para iniciar a época de plantio, organizando-se pelo calendário lunar.
Confirmando o carinho e respeito pela natureza, no Brasil, em 24 de fevereiro de 1965, formalizou-se o dia 21 de Setembro como o Dia da Árvore - o dia que marca um novo ciclo para o meio ambiente.

7 bilhões de árvores.

PNUMA
Desenvolvido pelo Programa das Nações Unidas para o Meio-Ambiente, a Campanha "Plante 7 Bilhões de Árvores" é um projeto mundial com o objetivo de encorajar o plantio de árvores nativas e de árvores que são apropriadas ao meio ambiente local, com o apoio de cidadãos e governantes.
Campanha de 1 Bilhão de Árvores
O Programa das Nações Unidas para o Meio-Ambiente existe desde 1972 como agência da ONU que catalisa as ações brasileiras e internacionais que visam a proteção do meio ambiente por meio do desenvolvimento sustentável.


sexta-feira, 27 de agosto de 2010

BRASIL

Termo Brasil







As raízes etimológicas do termo "Brasil" são de difícil reconstrução. O filólogo Adelino José da Silva Azevedo postulou que se trata de uma palavra de procedência celta (uma lenda que fala de uma "terra de delícias", vista entre nuvens), mas advertiu também que as origens mais remotas do termo poderiam ser encontradas na língua dos antigos fenícios. Na época colonial, cronistas da importância de João de Barros, Frei Vicente do Salvador e Pero de Magalhães Gândavo apresentaram explicações concordantes acerca da origem do nome "Brasil". De acordo com eles, o nome "Brasil" deriva de "pau-brasil", a designação de um tipo de madeira empregada na tinturaria de tecidos. Na época dos descobrimentos, era comum aos exploradores guardar cuidadosamente o segredo de tudo quanto achavam ou conquistavam, a fim de explorá-lo vantajosamente, mas não tardou em se espalhar na Europa que haviam descoberto certa "ilha Brasil" no meio do Atlântico, de onde extraíam o pau-brasil (madeira cor de brasa).


Antes de ficar com a designação atual, "Brasil", as novas terras descobertas foram designadas de: Monte Pascoal (quando os portugueses avistaram terras pela primeira vez), ilha de Vera Cruz, Terras de Santa Cruz, Nova Lusitânia, Cabrália, etc. Em 1967, com a primeira Constituição da ditadura militar, o Brasil passou a chamar-se República Federativa do Brasil, nome que a Constituição de 1988 conserva até hoje. Antes, na época do império, era Império do Brasil e depois, com a proclamação da República, Estados Unidos do Brasil.


Os habitantes naturais do Brasil são denominados brasileiros, cujo gentílico é registrado em português a partir de 1706[ que se referia inicialmente apenas aos que comercializavam pau-brasil. Entretanto foi só em 1824, na primeira constituição brasileira, que o gentílico "brasileiro" passou legalmente a designar as pessoas naturais do Brasil. Há ainda a possibilidade do uso do gentílico brasiliano para designar os naturais da República Federativa do Brasil

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Tangram

Tangram é algo que eu gosto, pois há simplicidade e complexidade ao mesmo tempo
  É claro que a ideia do tangram está intimamente ligada ao papel, não só pela facilidade de manuzeá-lo mas também para fazer as peças do tangram.
Tangram é um quebra-cabeça chinês e é formado por 7 figuras que são provenientes de um único quadrado que ao ser cortado oferece 5 triângulos (de vários tamanhos, 1 quadrado e 1 paralelogramo.

Ah, se você quiser fazer um tangram é só seguir o esquema de corte. Usar todas as peças e nunca sobrepor uma na outra. 

Boa diversão.

terça-feira, 20 de julho de 2010

VULCÃO UM ESTUDO DA TERRA

Vulcão é uma estrutura geológica criada quando o magma, gases e partículas quentes (como cinzas) escapam para a superfície terrestre. Eles ejectam altas quantidades de poeira, gases e aerossóis na atmosfera, podendo causar resfriamento climático temporário. São frequentemente considerados causadores de poluição natural. Tipicamente, os vulcões apresentam formato cónico e montanhoso.
A erupção de um vulcão pode resultar num grave desastre natural, por vezes de consequências planetárias. Assim como outros desastres dessa natureza, as erupções são imprevisíveis e causam danos indiscriminados. Entre outras coisas, tendem a desvalorizar os imóveis localizados em suas vizinhanças, prejudicar o turismo e consumir a renda pública e privada em reconstruções. Na Terra, os vulcões tendem formar-se junto das margens das placas tectónicas. No entanto, existem excepções quando os vulcões ocorrem em zonas chamadas de hot spots (pontos quentes). Por outro lado, os arredores de vulcões, formados de lava arrefecida, tendem a ser compostos de solosagricultura
A palavra "vulcão" deriva do nome do deus do fogo na mitologia romanaVulcano. A ciência que estuda os vulcões designa-se por vulcanologia.

festa junina na LEOPOLDO

segunda-feira, 5 de julho de 2010

placas tectônicas

As placas tectônicas são subdivisões da crosta terrestre que se movimentam de forma lenta e contínua sobre o manto, podem aproximar-se ou afastarem-se umas das outras provocando abalos na superfície como terremotos e atividades vulcânicas. Tais movimentos ocorrem pelo fato do interior terrestre ser bastante aquecido fazendo com que as correntes de convecção (correntes circuladas em grandes correntes) determinem a forma de seus movimentos. Quando as correntes são convergentes elas se aproximam e se chocam sendo motivadas pela menor densidade das placas oceânicas em relação às placas continentais, sendo que a placa oceânica é engolida pela continental, porém quando são divergentes elas se afastam fazendo com que as placas se movimentem em direção contrária, perdendo calor.







As placas convergentes se colidam de forma que uma se coloca embaixo da outra e então retorna para a astenosfera. As placas divergentes se afastam pela criação de uma nova crosta oceânica, pelo magma vindo do manto.






A princípio, há aproximadamente 240 milhões de anos, havia somente duas placas: Laurásia e Gondwana e essas com o decorrer do tempo sofreram transformações que as dividiram em várias e diferentes partes. Hoje existem várias placas menores e quatorze principais, são elas: Placa Africana, Placa da Antártida, Placa Arábica, Placa Australiana, Placa das Caraíbas, Placa de Cocos, Placa Euroasiática, Placa das Filipinas, Placa Indiana, Placa Juan de Fuça, Placa de Nazca, Placa Norte-americana, Placa do Pacífico, Placa de Scotia e Placa Sul-americana.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

sexta-feira, 25 de junho de 2010

os alunos das 8ª séries escolas EEB. Leopoldo Jacobsen e EEB leticia Possamai estudam os países da europa oriental

De acordo com os pontos de vista espacial e económico, podemos dividir o continente em: Europa Ocidental, Europa Setentrional, Europa Centro-Oriental e Europa Meridional. Sendo:




Europa Ocidental: região que abrange alguns dos chamados países atlânticos, ou seja, banhados pelo oceano Atlântico (Reino Unido, Irlanda e França); os que mantêm relação direta com o Atlântico através do mar do Norte: Países Baixos, Bélgica e Alemanha; e os países sem saída para o mar, mas que estão directa ou indirectamente vinculados ao Ocidente (Áustria, Suíça, Luxemburgo e Liechtenstein).

Europa Setentrional: região que engloba a Noruega e a Suécia, localizadas na península Escandinava, além da Finlândia, Islândia e Dinamarca; abrange também a Estônia, Letônia e Lituânia, que a partir de 1990 se tornaram independentes da então União Soviética. A inclusão desses países na região justifica-se por motivos económicos e pela sua proximidade étnica e cultural com os finlandeses.

Europa Centro-Oriental: É formada pelo conjunto dos antigos países socialistas do Leste - Polônia, República Checa, Eslováquia, Hungria, Romênia, Bulgária, Albânia, Sérvia, Montenegro, Kosovo, Eslovênia, Croácia, Bósnia e Herzegovina e Macedônia - e pelas repúblicas que constituíam a antiga União Soviética, em sua parte europeia: Bielorrússia, Ucrânia, Moldávia, Geórgia, Armênia, Azerbaijão e Rússia Europeia.

Europa Meridional: região que, também chamada de mediterrânea, compreende os países situados no sul do continente, quase todos banhados pelo mar Mediterrâneo: Portugal, Espanha, Itália, Grécia e Turquia europeia, além de vários micro-estados - Vaticano, San Marino, Mônaco, Malta e Andorra.


quinta-feira, 24 de junho de 2010

sexta-feira, 18 de junho de 2010

domingo é Brasilllllll

  • domingo todos os brasileiros torcedores
  •                          da seleção brasileira vão tocer por mais uma vitória da seleção canarinho
  • VAI LÁ BRASILL RUMO AO HEXAAA

quarta-feira, 16 de junho de 2010