sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Trabalho da 6º série da EEB. LUIZ BERTOLI O cyberbullying

O cyberbullying 
TRABALHO REALIZADO NA TURMA
6º SÉRIE 4 DA EBB. LUIZ BERTOLI



O cyberbullying é um tipo de bullying melhorado. É a prática realizada através da internet que busca humilhar e ridicularizar os alunos, pessoas desconhecidas e também professores perante a sociedade virtual. Apesar de ser praticado de forma virtual, o cyberbullying tem preocupado pais e professores, pois através da internet os insultos se multiplicam rapidamente e ainda contribuem para contaminar outras pessoas que conhecem a vítima.

Os meios virtuais utilizados para disseminar difamações e calúnias são as comunidades, e-mails, torpedos, blogs e fotologs. Além de discriminar as pessoas, os autores são incapazes de se identificar, pois não são responsáveis o bastante para assumirem aquilo que fazem. É importante dizer que mesmo anônimos, os responsáveis pela calúnia sempre são descobertos.

Infelizmente os meios tecnológicos que, a priori, seriam para melhorar e facilitar a vida das pessoas em todas as áreas estão sendo utilizados para menosprezar e insultar outras pessoas. Não existe um tipo de pessoa específica para ser motivo de insultos, sendo que a invasão do e-mail ou a exposição de uma foto já é o bastante. Em relação a colegas de escola e professores, as difamações são intencionadas e visam mexer com o psicológico da pessoa, deixando-a abatida e desmoralizada perante os demais.

As pessoas que praticam o cyberbullying são normalmente adolescentes sem limites, insensíveis, insensatos, inconsequentes e empáticos. Apesar de gostarem da sensação que é causada ao destruir outra pessoa, os praticantes podem ser processados por calúnia e difamação, sendo obrigados a disponibilizar uma considerável indenização.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Limpeza da EEB Luiz Bertoli

 livros molhados pelas cheias na escola foram reciclados pela Himasa
 limpeza das cadeiras dos alunos
 pátio da escola
 frente da escola sendo limpa
 limpando as paredes da escola professores  Roi Jessica e Alfredo
pátio interno da escola quase limpo

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Música indígena brasileira

A música indígena brasileira é parte do vasto universo cultural dos vários povos indígenas que habitaram e habitam o Brasil. Sendo uma das atividades culturais mais importantes na socialização das tribos, a música dos índios brasileiros é polimorfa e de enorme variedade, tornando impossível um detalhamento extenso no escopo de um único artigo. A seguir se descrevem algumas características genéricas, lembrando que os casos individuais podem apresentar mesmo discrepâncias significativas em relação a este resumo.


Os povos indígenas do Brasil perfaziam juntos na época de Cabral cerca de 5 milhões de almas. Desde lá a população total declinou violentamente em função do patético choque contra a cultura portuguesa, que resultou em massacre, escravização e aculturação em larga escala dos índios. E com essa devastação muitas tradições se perderam de forma irreversível. Apesar disso, no que tange à sua música ainda há um enorme campo a ser estudado e compreendido pelo branco, que começa a demonstrar respeito real pelos seus irmãos autóctones apenas há pouco tempo, apesar de bulas papais, conclusões filosóficas e debates morais de longa memória que denunciavam e condenavam os abusos desde os primeiros tempos da Descoberta.

A música indígena tem recebido alguma atenção do ocidental desde o início da colonização do território, com os relatos de Jean de Léry sobre alguns cantos tupinambá, em 1558, e de Antonio Ruíz de Montoya, cujo extenso léxico inclui um universo de categorias musicais do guarani antigo.[1][2] Estudos recentes têm-se multiplicado a partir do trabalho de pesquisa de Villa Lobos e Mário de Andrade no século XX, e hoje a música indígena é objeto de estudo e interesse de muitos pesquisadores de todo o mundo, que têm trazido à consciência do homem branco uma pletora de belezas naturais da terra.

Alguns grupos foram contactados de imediato pelos Jesuítas desde o século XVI, foram fixados na terra pela criação das Missões ou Reduções, e ali contribuíram ativamente, como instrumentistas, cantores e construtores de instrumentos, para criar uma fascinante e original cultura musical, embora toda nos moldes europeus e infelizmente conhecida apenas através de relatos literários. Este porém foi um fenômeno isolado, e não é central a este artigo, e tampouco as manifestações híbridas folclóricas nascidas nas regiões de contato entre índio, branco e negro.

Ao contrário do que se poderia supor, a tradição musical indígena não é um objeto de antiquário, é algo vivo e sempre em mutação, sendo constantemente praticada e renovada, incorporando até mesmo material não-índio, ainda que mantenha seus valores e formas essenciais preservados, e é uma vitrine de suas visões de mundo, cristalizadas em formas sonoras.

Origem e caráter da música indígena

A maioria dos povos indígenas associa sua música ao universo transcendente e mágico, sendo empregada em todos os rituais religiosos. A música indígena é ligada desde suas origens imemoriais a mitos fundadores e usada com finalidades de socialização, culto, ligação com os ancestrais, exorcismo, magia e cura. É importante também nos ritos catárticos, quando a música "ao trabalhar com proporções, repetições e variações, instaura o conflito ao mesmo tempo em que o mantém sob controle.".

Segundo certas lendas a música foi um presente dos deuses, entristecidos com o silêncio que imperava no mundo dos humanos. Noutras tribos a música é tida como originária do mundo dos sonhos, onde vivem as tribos míticas de animais e dos ancestrais. Ali é conhecida pelas pessoas sem espírito, aquelas que por algum motivo estiveram no limiar da morte e de lá retornaram, tornando-se introdutoras de novas melodias após esse contato com o mundo do além. Menos dramática e mais comumente, a criação de novas músicas se deve aos pajés, que as intuem em seus transes onde estabelecem contato com deuses e ancestrais, ou aos guerreiros mais distinguidos da tribo, que sonham com elas.

A sua música tem definido caráter socializador, estando presente em festividades grupais e na esfera privada, "sendo um elemento fundamental do processo de construção do mundo social e conceitual, e não como um mero epifenômeno ou reflexo deste". As relações sociais são assinaladas musicalmente, delimitando, por exemplo, faixas etárias, status social, estados afetivos, gêneros sexuais, individualidades e grupos. Por fim, o canto e a dança "cumprem também um papel fisiológico na própria constituição dos estados psíquicos, atualizando a experiência dos eventos míticos". Nesse sentido social, a música indígena parece ser predominantemente coletiva, sendo que os casos de cantores solitários ou de estruturas melódicas mais variadas são considerados, por alguns, influências de outras culturas, em muitos casos africanas.

Rituais

Uma das bases do sistema social indígena são os grandes rituais como o Quarup, o Yawari, o Iamurikumã e os rituais de iniciação. Estes cerimoniais, dos quais muitos são intertribais, funcionam como uma língua franca de comunicação não-verbal entre etnias diversas. Segundo Franchetto e Basso, "as festas costuram a sociedade alto-xinguana, um circuito cerimonial que veicula alianças e metaboliza conflitos, absorvendo ritualmente a alteridade. (…) Esta visão do ritual intertribal como linguagem franca coloca a música no cerne do sistema xinguano, considerando-se que estes rituais são, por excelência, rituais musicais".

Há rigorosas prescrições para uso de determinadas melodias e para quem será o intérprete, e para quando serão executadas. Há músicas e instrumentos exclusivos dos homens, outros só de mulheres, ou melodias cantadas apenas em um certo rito ou com uma função específica. Em diversas etnias existe um ciclo de rituais de grande importância relacionados às flautas sagradas, sendo realizados apenas por homens e com um instrumental cuja visão é vedada às mulheres.

A interpretação musical pode ser cercada de rituais menores, propiciatórios ou facilitadores, como a pintura de uma linha sobre o ouvido e lábio para facilitar o aprendizado de canções, colocar um ramo de enodoréu à orelha para não esquecer a melodia, e uma série de outras praxes.

Sistema, simbologia e gêneros

Não seguindo o sistema tonal ocidental, a sua sonoridade apresenta uma enorme sutileza e complexidade especialmente nos timbres e nas alturas, sendo de difícil transcrição para a partitura ocidental. Não existe desenvolvimento de polifonia ou harmonia reais (num sentido ocidental), sendo de uma espécie monódica ou no máximo heterofônica, com alguns exemplos de composição antifonal. Não existe notação, e o acervo de composições antigas é transmitido pela prática continuada entre as gerações.

A voz e o canto são dominantes na música indígena, mas existe um muito variado instrumental de apoio e séries de peças orquestrais autônomas. Na maioria dos casos a música é associada à dança ritual. O ritmo é fluente, em geral, binário ou ternário, às vezes alternado em um mesmo verso. Muitas vezes sua música não está baseada na existência de uma unidade de tempo (pulso) rígida, gerando uma contínua flutuação do pulso. A estrutura das composições também diverge da ocidental, e é enormemente variada, dependendo bastante do texto que ilustra, tendo as repetições e variações um papel central.

Existem canções para praticamente todos os momentos e atividades da vida, sendo praticadas em festas para homenagear os mortos, como canções para crianças, em festas sazonais e festas guerreiras, em ritos de passagem, no culto dos espíritos e ancestrais, e nas festas de congraçamento entre as tribos. No âmbito familiar o repertório vocal é pequeno; entre os clãs de sangue as suítes orquestrais, que usualmente são propriedade de grupos familiares, são executadas também vocalmente, em uma espécie de solfejo; nos grandes ciclos dançados voz e instrumentos adquirem igual importância, e por fim, como ápice da vocalidade, os cantos de guerra são executados a capella.

As diferentes texturas musicais são relacionadas às esferas sociais: no nível coletivo geral há uma maior precisão de alturas e intervalos; no nível dos clãs o timbre é preponderante em relação às faixas de altura e à massa sonora, finalmente, nos ciclos dançados, a textura é mais densa e utiliza nítidas oposições grave-agudo sem intervalos de passagem. "Ocorre, portanto, uma progressão acústica que acompanha a complexificação dos níveis sociais".

Além disso, o som é relacionado à espacialidade física. "As canções são um caminho, nomeiam os lugares, e articulam a cartografia da floresta ao movimento dos seus habitantes, além de estarem ligadas ao mundo espiritual dos pássaros"

Oralidade

A cultura indígena é basicamente oral, nela a música é uma extensão da fala, e seus limites às vezes são sutis e imprecisos. Um discurso pode acabar em canto, ou o inverso. Dentre as espécies vocais, existem subdivisões de acordo com o objetivo de cada canção:

• Narrativas: falas com diferentes graus de formalidade, desde as cotidianas entoadas por qualquer pessoa até as falas restritas a homens adultos executadas na praça central.

• Instrutivas: narrações veiculando regras, costumes e tradições, transmitidas através do canto ou prédica emocional pelos adultos a crianças, ou relatando de expedições de caça e narrativas míticas. A vocalização é muito flexível e expressiva, e o cantor serve-se de recursos tonais, timbrísticos, fonéticos e rítmicos para dar sentido a seu enunciado.

• Canções: identificadas por seus conteúdos textuais, os quais é frequente se referirem a algum animal e a seu comportamento, sendo que na ação ritual as identidades do cantor e do animal são combinadas. Muitas se referem ao amor e ao prazer sexual de modo desinibido, feliz e direto. Frequentemente se transita entre a cantoria e a narrativa gestualizada não-musical.

• Invocações: executadas, geralmente em voz baixa, com fins práticos ou medicinais.

Música instrumental

É nas festas dedicadas aos Apapaatai, uma classe de poderosos espíritos, que acontece a maior parte da música instrumental. As festas Apapaatai têm como motivo essencial a cura xamânica.

Dentre toda a música instrumental indígena as peças para as flautas sagradas ocupam uma posição de destaque. Estas flautas são elementos fundamentais na cosmologia xinguana, o que é expresso concretamente pela existência de uma casa das flautas, onde são guardadas, casa que é também chamada de casa dos homens, um espaço exclusivamente masculino localizado sempre no centro das aldeias. Seu uso está cercado de tabus. Quando são tocadas as mulheres e crianças se fecham em suas casas. Se uma mulher vê os instrumentos, é penalizada com um estupro coletivo.

O repertório para as flautas é, entre algumas culturas, altamente sofisticado, compondo suítes completas, sendo que apenas uma suíte é tocada em cada ocasião, embora às vezes de forma incompleta. Todas as suítes têm uma ordem ideal, mas esta, frequentemente, é modificada durante a sessão. Se constróem através do princípio da alternância entre um eixo horizontal (melódico) e um vertical (sucessões de solos pontuais e trechos com partes simultâneas). Cada suíte é caracterizada por um contorno melódico e não por uma seqüência exata de intervalos, e cada peça é formada por um tema repetido sem alterações durante vários minutos. Cada tema é formado pela justaposição de dois tipos de motivos, A e B: os motivos A são variáveis — e identificam cada peça — enquanto que os B não o são e fornecem a assinatura temática da suíte.

Instrumentos

Seu instrumental inclui instrumentos de percussão e sopro, mas classificações próprias dos índios fazem distinções diferentes, com dezenas de categorias para "coisas de fazer música". Os instrumentos podem ser feitos de uma variedade de materiais, como sementes, madeiras, fibras, pedras, objetos cerâmicos, ovos, ossos, chifres e cascos de animais.

• Idiofones: instrumentos que vibram por si mesmos ou por percussão ou atrito, podendo ser tocados diretamente ou soarem em decorrência de movimentos indiretos. Incluem toras de madeira, bastões de percussão, fragmentos de tábuas, chocalhos, guizos, cabaças cheias de pedrinhas ou sementes, crânios, etc.

• Membranofones: instrumentos que soam pela vibração de uma membrana neles distendida, como os tambores. São raros entre os indígenas brasileiros e acredita-se que os existentes sejam cópias de antigos modelos conhecidos através dos primeiros europeus que aqui chegaram.

• Aerofones: soam pela ação do ar no seu interior. Podem ser agitados ou soprados. São os instrumentos mais numerosos e comuns. Sua diversidade é enorme, incluindo instrumentos com funcionamento semelhante às trombetas (com ou sem ressoadores e lingüetas), clarinetes, buzinas, apitos e sobretudo as flautas, de um a vários tubos, com embocadura perpendicular ou longitudinal, havendo mesmo exemplares para sopro nasal.

• Zumbidores: soam quando agitados no ar. Consistem de um cabo decorado ligado por uma corda a uma pequena peça de madeira oval. Ao ser girada rapidamente a peça produz um zumbido forte. Em muitas tribos tem relação direta com a morte, sendo utilizados em cerimônias funerárias e proibidos às mulheres ou crianças. Em outras, porém, serve de brinquedo infantil.

A MÚSICA NO BRASIL

História da MPB - Música Popular Brasileira


Podemos dizer que a MPB surgiu ainda no período colonial brasileiro, a partir da mistura de vários estilos. Entre os séculos XVI e XVIII, misturou-se em nossa terra, as cantigas populares, os sons de origem africana, fanfarras militares, músicas religiosas e músicas eruditas européias. Também contribuíram, neste caldeirão musical, os indígenas com seus típicos cantos e sons tribais.

Nos séculos XVIII e XIX, destacavam-se nas cidades, que estavam se desenvolvendo e aumentando demograficamente, dois ritmos musicais que marcaram a história da MPB: o lundu e a modinha. O lundu, de origem africana, possuía um forte caráter sensual e uma batida rítmica dançante. Já a modinha, de origem portuguesa, trazia a melancolia e falava de amor numa batida calma e erudita.

Na segunda metade do século XIX, surge o Choro ou Chorinho, a partir da mistura do lundu, da modinha e da dança de salão européia. Em 1899, a cantora Chiquinha Gonzaga compõe a música Abre Alas, uma das mais conhecidas marchinhas carnavalescas da história.

Já no início do século XX começam a surgir as bases do que seria o samba. Dos morros e dos cortiços do Rio de Janeiro, começam a se misturar os batuques e rodas de capoeira com os pagodes e as batidas em homenagem aos orixás. O carnaval começa a tomar forma com a participação, principalmente de mulatos e negros ex-escravos. O ano de 1917 é um marco, pois Ernesto dos Santos, o Donga, compõe o primeiro samba que se tem notícia : Pelo Telefone. Neste mesmo ano, aparece a primeira gravação de Pixinguinha, importante cantor e compositor da MPB do início do século XIX.

Com o crescimento e popularização do rádio nas décadas de 1920 e 1930, a música popular brasileira cresce ainda mais. Nesta época inicial do rádio brasileiro, destacam-se os seguintes cantores e compositores : Ary Barroso, Lamartine Babo (criador de O teu cabelo não nega), Dorival Caymmi, Lupicínio Rodrigues e Noel Rosa. Surgem também os grandes intérpretes da música popular brasileira : Carmen Miranda, Mário Reis e Francisco Alves.

Na década de 1940 destaca-se, no cenário musical brasileiro, Luis Gonzaga, o "rei do Baião". Falando do cenário da seca nordestina, Luis Gonzaga faz sucesso com músicas como, por exemplo, Asa Branca e Assum Preto.

Enquanto o baião continuava a fazer sucesso com Luis Gonzaga e com os novos sucessos de Jackson do Pandeiro e Alvarenga e Ranchinho, ganhava corpo um novo estilo musical: o samba-canção. Com um ritmo mais calmo e orquestrado, as canções falavam principalmente de amor. Destacam-se neste contexto musical : Dolores Duran, Antônio Maria, Marlene, Emilinha Borba, Dalva de Oliveira, Angela Maria e Caubi Peixoto.

Em fins dos anos 50 (década de 1950), surge a Bossa Nova, um estilo sofisticado e suave. Destaca-se Elizeth Cardoso, Tom Jobim e João Gilberto. A Bossa Nova leva as belezas brasileiras para o exterior, fazendo grande sucesso, principalmente nos Estados Unidos.

A televisão começou a se popularizar em meados da década de 1960, influenciando na música. Nesta época, a TV Record organizou o Festival de Música Popular Brasileira. Nestes festivais são lançados Milton Nascimento, Elis Regina, Chico Buarque de Holanda, Caetano Veloso e Edu Lobo. Neste mesmo período, a TV Record lança o programa musical Jovem Guarda, onde despontam os cantores Roberto Carlos e Erasmo Carlos e a cantora Wanderléa.

Na década de 1970, vários músicos começam a fazer sucesso nos quatro cantos do país. Nara Leão grava músicas de Cartola e Nelson do Cavaquinho. Vindas da Bahia, Gal Costa e Maria Bethânia fazem sucesso nas grandes cidades. O mesmo acontece com DJavan (vindo de Alagoas), Fafá de Belém (vinda do Pará), Clara Nunes (de Minas Gerais), Belchior e Fagner ( ambos do Ceará), Alceu Valença (de Pernambuco) e Elba Ramalho (da Paraíba). No cenário do rock brasileiro destacam-se Raul Seixas e Rita Lee. No cenário funk aparecem Tim Maia e Jorge Ben Jor.

Nas décadas de 1980 e 1990 começam a fazer sucesso novos estilos musicais, que recebiam fortes influências do exterior. São as décadas do rock, do punk e da new wave. O show Rock in Rio, do início dos anos 80, serviu para impulsionar o rock nacional.Com uma temática fortemente urbana e tratando de temas sociais, juvenis e amorosos, surgem várias bandas musicais. É deste período o grupo Paralamas do Sucesso, Legião Urbana, Titãs, Kid Abelha, RPM, Plebe Rude, Ultraje a Rigor, Capital Inicial, Engenheiros do Hawaii, Ira! e Barão Vermelho. Também fazem sucesso: Cazuza, Rita Lee, Lulu Santos, Marina Lima, Lobão, Cássia Eller, Zeca Pagodinho e Raul Seixas.

Os anos 90 também são marcados pelo crescimento e sucesso da música sertaneja ou country. Neste contexto, com um forte caráter romântico, despontam no cenário musical : Chitãozinho e Xororó, Zezé di Camargo e Luciano, Leandro e Leonardo e João Paulo e Daniel.



Nesta época, no cenário rap destacam-se: Gabriel, o Pensador, O Rappa, Planet Hemp, Racionais MCs e Pavilhão 9.

O século XXI começa com o sucesso de grupos de rock com temáticas voltadas para o público adolescente. São exemplos: Charlie Brown Jr, Skank, Detonautas e CPM

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Obras de Portinari




Cândido Portinari a sua vida


Cândido Portinari foi um dos pintores brasileiros mais famosos. Este grande artista nasceu na cidade de Brodowski (interior do estado de São Paulo), em 29 de dezembro de 1903. Destacou-se também nas áreas de poesia e política.




Durante sua trajetória, ele estudou na Escola de Belas-Artes do Rio de Janeiro; visitou muitos países, entre eles, a Espanha, a França e a Itália, onde finalizou seus estudos.



No ano de 1935 ele recebeu uma premiação em Nova Iorque por sua obra "Café". Deste momento em diante, sua obra passou a ser mundialmente conhecida.



Dentre suas obras, destacam-se: "A Primeira Missa no Brasil", "São Francisco de Assis" e Tiradentes". Seus retratos mais famosos são: seu auto-retrato, o retrato de sua mãe e o do famoso escritor brasileiro Mário de Andrade.



No dia seis de fevereiro de 1962, o Brasil perdeu um de seus maiores artistas plásticos e aquele que, com sua obra de arte, muito contribuiu para que o Brasil fosse reconhecido entre outros países. A morte de Cândido Portinari teve como causa aparente uma intoxicação causada por elementos químicos presentes em certas tintas.



Características principais de suas obras:



- Retratou questões sociais do Brasil;



- Utilizou alguns elementos artísticos da arte moderna europeia;



- Suas obras de arte refletem influências do surrealismo, cubismo e da arte dos muralistas mexicanos;



- Arte figurativa, valorizando as tradições da pintura.



Relação das principais obras de Portinari:



- Meio ambiente

- Colhedores de café

- Mestiço

- Favelas

- O Lavrador de Café

- O sapateiro de Brodósqui

- Meninos e piões

- Lavadeiras

- Grupos de meninas brincando

- Menino com carneiro

- Cena rural

- A primeira missa no Brasil

- São Francisco de Assis

- Os Retirantes




quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Obras de Tarsila do Amaral e sua vida








TARSILA DO AMARAL






INFÂNCIA E APRENDIZADO

Tarsila do Amaral nasceu em 1 de setembro de 1886, no Município de Capivari, interior do Estado de São Paulo. Filha do fazendeiro José Estanislau do Amaral e de Lydia Dias de Aguiar do Amaral, passou a infância nas fazendas de seu pai. Estudou em São Paulo, no Colégio Sion e depois em Barcelona, na Espanha, onde fez seu primeiro quadro, 'Sagrado Coração de Jesus', 1904. Quando voltou, casou-se com André Teixeira Pinto, com quem teve a única filha, Dulce.



Separaram-se alguns anos depois e então iniciou seus estudos em arte. Começou com escultura, com Zadig, passando a ter aulas de desenho e pintura no ateliê de Pedro Alexandrino em 1918, onde conheceu Anita Malfatti. Em 1920, foi estudar em Paris, na Académie Julien e com Émile Renard. Ficou lá até junho de 1922 e soube da Semana de Arte Moderna (que aconteceu em fevereiro) através das cartas da amiga Anita Malfatti. Quando voltou ao Brasil, Anita a introduziu no grupo modernista e Tarsila começou a namorar o escritor Oswald de Andrade. Formaram o grupo dos cinco: Tarsila, Anita, Oswald, o também escritor Mário de Andrade e Menotti Del Picchia. Agitaram culturalmente São Paulo com reuniões, festas, conferências. Tarsila disse que entrou em contato com a arte moderna em São Paulo, pois antes ela só havia feito estudos acadêmicos. Em dezembro de 22, ela voltou a Paris e Oswald foi encontrá-la.



1923

Neste ano, Tarsila encontrava-se em Paris acompanhada do seu namorado Oswald. Conheceram o poeta franco suíço Blaise Cendrars, que apresentou toda a intelectualidade parisiense para eles. Foi então que ela estudou com o mestre cubista Fernand Léger e pintou em seu ateliê, a tela 'A Negra'. Léger ficou entusiasmado e até chamou os outros alunos para ver o quadro. A figura da Negra tinha muita ligação com sua infância, pois essas negras eram filhas de escravos que tomavam conta das crianças e, algumas vezes, serviam até de amas de leite. Com esta tela, Tarsila entrou para a estória da arte moderna brasileira. A artista estudou também com Lhote e Gleizes, outros mestres cubistas. Cendrars também apresentou a Tarsila pintores como Picasso, escultores como Brancusi, músicos como Stravinsky e Eric Satie. E ficou amiga dos brasileiros que estavam lá, como o compositor Villa Lobos, o pintor Di Cavalcanti, e os mecenas Paulo Prado e Olívia Guedes Penteado.



Tarsila oferecia almoços bem brasileiros em seu ateliê, servindo feijoada e caipirinha. E era convidada para jantares na casa de personalidades da época, como o milionário Rolf de Maré. Além de linda, vestia-se com os melhores costureiros da época, como Poiret e Patou. Em uma homenagem a Santos Dumont, usou uma capa vermelha que foi eternizada por ela no auto-retrato 'Manteau Rouge', de 1923.



PAU BRASIL

Em 1924, Blaise Cendrars veio ao Brasil e um grupo de modernistas passou com ele o Carnaval no Rio de Janeiro e a Semana Santa nas cidades históricas de Minas Gerais. No grupo estavam além de Tarsila, Oswald, Dona Olívia Guedes Penteado, Mário de Andrade, dentre outros. Tarsila disse que foi em Minas que ela viu as cores que gostava desde sua infância, mas que seus mestres diziam que eram caipiras e ela não devia usar em seus quadros. 'Encontei em Minas as cores que adorava em criança. Ensinaram-me depois que eram feias e caipiras. Mas depois vinguei-me da opressão, passando-as para as minhas telas: o azul puríssimo, rosa violáceo, amarelo vivo, verde cantante, ...' E essas cores tornaram-se a marca da sua obra, assim como a temática brasileira, com as paisagens rurais e urbanas do nosso país, além da nossa fauna, flora e folclore. Ela dizia que queria ser a pintora do Brasil. E esta fase da sua obra é chamada de Pau Brasil, e temos quadros maravilhosos como 'Carnaval em Madureira', 'Morro da Favela', 'EFCB', 'O Mamoeiro', 'São Paulo', 'O Pescador', dentre outros.



Em 1926, Tarsila fez sua primeira Exposição individual em Paris, com uma crítica bem favorável. Neste mesmo ano, ela casou-se com Oswald (o pai de Tarsila conseguiu anular em 1925 o primeiro casamento da filha para que ela pudesse se casar com Oswald). Washington Luís, o Presidente do Brasil na época e Júlio Prestes, o Governador de São Paulo na época, foram os padrinhos deles.



ANTROPOFAGIA

Em janeiro de 1928, Tarsila queria dar um presente de aniversário especial ao seu marido, Oswald de Andrade. Pintou o 'Abaporu'. Quando Oswald viu, ficou impressionado e disse que era o melhor quadro que Tarsila já havia feito. Chamou o amigo e escritor Raul Bopp, que também achou o quadro maravilhoso. Eles acharam que parecia uma figura indígena, antropófaga, e Tarsila lembrou-se do dicionário Tupi Guarani de seu pai. Batizou-se o quadro de Abaporu, que significa homem que come carne humana, o antropófago. E Oswald escreveu o Manifesto Antropófago e fundaram o Movimento Antropofágico. A figura do Abaporu simbolizou o Movimento que queria deglutir, engolir, a cultura européia, que era a cultura vigente na época, e transformá-la em algo bem brasileiro.



Outros quadros desta fase Antropofágica são: 'Sol Poente', 'A Lua', 'Cartão Postal', 'O Lago', 'Antropofagia', etc. Nesta fase ela usou bichos e paisagens imaginárias, além das cores fortes.



A artista contou que o Abaporu era uma imagem do seu inconsciente, e tinha a ver com as estórias de monstros que comiam gente que as negras contavam para ela em sua infância. Em 1929 Tarsila fez sua primeira Exposição Individual no Brasil, e a crítica dividiu-se, pois ainda muitas pessoas ainda não entendiam sua arte.



Ainda neste ano de 1929, teve a crise da bolsa de Nova Iorque e a crise do café no Brasil, e assim a realidade de Tarsila mudou. Seu pai perdeu muito dinheiro, teve as fazendas hipotecadas e ela teve que trabalhar. Separou-se de Oswald.



SOCIAL E NEO PAU BRASIL

Em 1931, já com um novo namorado, o médico comunista Osório Cesar, Tarsila expôs em Moscou. Ela sensibilizou-se com a causa operária e foi presa por participar de reuniões no Partido Comunista Brasileiro com o namorado. Depois deste episódio, nunca mais se envolveu com política. Em 1933 pintou a tela 'Operários'. Desta fase Social, temos também a tela 'Segunda Classe'. A temática triste da fase social não fazia parte de sua personalidade e durou pouco em sua obra. Ela acabou com o namoro com Osório, e em meados dos anos 30, Tarsila uniu-se com o escritor Luís Martins, mais de vinte anos mais novo que ela. Ela trabalhou como colunista nos Diários Associados por muitos anos, do seu amigo Assis Chateaubriand. Em 1950, ela voltou com a temática do Pau Brasil e pintou quadros como 'Fazenda', 'Paisagem ou Aldeia' e 'Batizado de Macunaíma'. Em 1949, sua única neta Beatriz morreu afogada, tentando salvar uma amiga em um lago em Petrópolis.



Tarsila participou da I Bienal de São Paulo em 1951, teve sala especial na VII Bienal de São Paulo, e participou da Bienal de Veneza em 1964. Em 1969, a mestra em história da arte e curadora Aracy Amaral realizou a Exposição, 'Tarsila 50 anos de pintura'. Sua filha faleceu antes dela, em 1966.



Tarsila faleceu em janeiro de 1973.

Para os Pais


Pai, você é a razão de minha vida.
Deus é realmente maravilhoso,
ele criou o mar para encantar o universo
com o mistério de suas águas.
Ele criou a natureza, para brilhar no nosso amanhecer,
com o frescor da sua beleza, ele colocou estrelas no céu,
 para que iluminasse os nossos caminhos.
E ele, na obra máxima de sua criação, me deu você!
Pai querido que enfeita o meu caminho e alegra
os meus dias com o sorriso e sua força.
Sem você Pai, o que eu poderia encontrar...
caminharia pelo mundo sem ter os braços abertos,
mas sim; de punhos fechado, de olhos cerrados,
e coração solitário.
Você representa todos os meus sonhos,
é por você que construo castelos,
é para você que escrevo histórias nas páginas
da minha história, da nossa história, do nosso cotidiano.
Pra mim, basta apenas Pai, que caminhe comigo
Ajudando a contar as estrelas do céu,
Ensinando-me a traçar novos rumos,
ensinando-me novamente ser aprendiz,
porque você tem o poder de trazer ao meu mundo
o brilho da lua, a magia da noite, a suavidade da brisa,
o calor do sol.
Você foi o mais maravilhoso presente de Deus,
sem você não haveria motivo para eu existir...
Obrigado, te amo muito.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Fatos Históricos do Rio Grande

Fatos históricos:
            O atual estado do Rio Grande do Sul não faz parte dos domínios coloniais portugueses, assinalados pelo Tratado de Tordesilhas. Mas, com a importância estratégica da área do Prata, o território logo atrai a atenção dos colonizadores. Durante o domínio espanhol, de 1580 a 1640, a expansão territorial é facilitada, levando os primeiros sertanistas e criadores de gado à região. Eles são seguidos pelos bandeirantes paulistas, interessados no apresamento dos índios guaranis aldeados nas missões do Paraná e Paraguai pelos padres jesuítas da Companhia de Jesus. Fugindo dos ataques, os jesuítas deslocam suas aldeias para o sul, espalhando-as ao longo do rio Uruguai. Com dinamismo social e econômico, as missões atraem os interesses coloniais.

            A metrópole estimula a imigração de famílias açorianas para a recém-criada capitania de São Pedro do Rio Grande. O primeiro povoamento é a base militar criada em 1737 na embocadura da lagoa dos Patos, embrião da cidade portuária de Rio Grande. Dez anos mais tarde é fundada a vila de Porto dos Casais, atual Porto Alegre. Esse desenvolvimento dificulta as negociações entre Portugal e Espanha para a demarcação dos limites na região, após o Tratado de Madri, de 1750, já que os dois países disputam a posse do território.

            Vencida a resistência dos guaranis, as fazendas de gado espalham-se pelo território gaúcho. O Rio Grande do Sul tem também importante participação nas lutas da independência. No entanto, ao sentir seu crescimento barrado pelo centralismo do Império, entra em conflito com o poder central na Revolta dos Farrapos, entre 1835 e 1845. Posteriormente, envolve-se também na Guerra do Paraguai (1865-1870). Nos primeiros anos da República, o estado é tomado pela violência da Revolta Federalista (1893-1895), que instaura uma guerra civil entre republicanos e federalistas.

            Durante a República, o estado recebe mais imigrantes estrangeiros, principalmente italianos e alemães. A atividade industrial, que surge a partir dos empreendimentos familiares dos imigrantes, começa a crescer em Porto Alegre, Rio Grande, Pelotas, Caxias do Sul e em outras cidades, ligada principalmente aos setores de alimentos, tecidos, móveis e calçados. O Rio Grande do Sul atua ainda nas lutas políticas da República Velha, com figuras como Júlio de Castilhos, Pinheiro Machado e Borges de Medeiros, representantes das forças oligárquicas, e Luís Carlos Prestes, pela oposição. Participa decisivamente da Revolução de 1930, que põe fim à República Velha, com a liderança de Getúlio Vargas e Osvaldo Aranha. Na década de 70, a indústria começa a se diversificar, com investimentos nos setores químico e metalmecânico, além de empreendimentos de maior porte, como o do pólo industrial da cidade de Rio Grande.
            Maior e mais populoso estado da Região Sul, em seu território está o ponto extremo do sul do país, o arroio Chuí. Os principais colonizadores do Rio Grande do Sul são os imigrantes italianos, que se fixaram principalmente na região serrana, no nordeste do estado, e os alemães, que ocuparam, sobretudo, a região do vale do rio dos Sinos, ao norte de Porto Alegre. Os portugueses - incluindo os açorianos - permaneceram no litoral. Além da influência européia, o gaúcho cultiva as tradições dos Pampas, região na fronteira com o Uruguai e a Argentina. Entre elas estão o chimarrão, o churrasco e o uso de trajes típicos, compostos de bombachas (calças folgadas, de origem turca, presas ao tornozelo), poncho e lenço no pescoço.

Aspectos naturais do Rio Grande do Sul

O Rio Grande do Sul está localizado na Região Sul do Brasil e possui características naturais que difere dos outros entes federados, mais especificamente em sua composição natural, tais como relevo, clima, vegetação e hidrografia.

Relevo

O estado apresenta basicamente três tipos de relevo: Planalto, Depressões e Planície, isso mostra uma variedade geomorfológica na região, o primeiro se encontra ao norte do Estado com altitudes acima de 1.000 metros.

Ao lado da Serra Geral está presente o ponto mais alto do Estado, com 1.410 metros, chamado de Pico do Monte Negro em São José dos Ausentes.

São quatro as unidades morfológicas presentes no Rio Grande do Sul denominadas de Planalto-Norte-Rio-Grandense, Depressão Central, Escudo Sul-Rio-Grandense e Planície Costeira.

• Depressão Central: correspondem a áreas com pouca altitude, essas não ultrapassam 400 metros, nessa região estão localizados importantes municípios como: Porto Alegre, Santa Maria, Bagé e São Gabriel.
• Escudo Sul-Rio-Grandense: esse tem sua origem a partir de rochas formadas no período Pré-Cambriano que sofre desgastes provocados por processos erosivos, as altitudes nesses locais não superam 600 metros.
• Planície Costeira: se estabelece em toda Costa Atlântica do território do estado e apresenta baixas altitudes.

Clima

O clima predominante no Rio Grande do Sul é subtropical úmido, que corresponde a duas estações bem definidas: verão, que apresenta elevadas temperaturas, e inverno, com frio intenso, possui o inverno mais rigoroso do país. As chuvas no decorrer do ano são bem distribuídas.

A temperatura sofre variações de acordo com as altitudes, dessa forma, as áreas de baixa elevação apresentam o clima tropical e nas regiões de maiores elevações, predomina o clima temperado.

Vegetação

A composição vegetativa do Estado do Rio Grande do Sul é constituída basicamente por quatro tipos distintos de vegetação: Mata de Araucárias, Pampas, Vegetação Litorânea e Mata Atlântica.

• Mata de Araucárias: é caracterizada por uma floresta subtropical formada por coníferas e pinheiro-do-paraná.
• Vegetação Litorânea: ao longo de todo litoral rio- grandense se encontra vegetação úmida com uma abundante quantidade de areia.
• Mata Atlântica: é um tipo vegetação que cobre desde o norte até o sul do país na costa litorânea.

Hidrografia

A rede hidrográfica do Rio Grande do Sul é dividida em três regiões:

Região Hidrográfica da Bacia do Rio Uruguai;
Região Hidrográfica da Bacia do Guaíba;
Região Hidrográfica da Bacia do litoral.

Os rios mais importantes do Rio Grande do Sul:

- Uruguai;
- Ijuí;
- Jacuí; 
- Caí;
- Taquari;
- Ibicuí;
- Pelotas;
- Camaquã;
- Sinos.

Economia do estado de Rio Grande Do Sul

Os imigrantes portugueses, alemães e italianos tiveram participação importante para o fortalecimento da economia estadual. Eles desenvolveram técnicas de cultivo na região, além de terem promovido o desenvolvimento econômico em solo gaúcho. A evolução da economia estadual ocorreu de forma satisfatória e, atualmente, o estado possui a quarta maior economia do país, inferior apenas aos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Acompanhe a progressão do Produto Interno Bruto (PIB) estadual no período de 2002 a 2009:
2002: 105,4 milhões de reais
2003: 124,5 milhões de reais
2004: 137,8 milhões de reais
2005: 144,2 milhões de reais
2006: 156,8 milhões de reais
2007: 176,6 milhões de reais
2008: 192,8 milhões de reais
2009: 202,9 milhões de reais
O PIB gaúcho tem apresentado significativas evoluções a cada ano. Atualmente, representa 6,4% do PIB nacional, e no âmbito regional esta participação é de aproximadamente 40%. Sua composição é a seguinte:

Composição do PIB do Rio Grande do Sul
Portanto, o setor de serviços é o principal segmento da economia estadual (61,2%), destacando-se, principalmente, em Porto Alegre, capital do estado.
A indústria, responsável por 27,5% do PIB estadual, é bem diversificada e se desenvolveu a partir das agroindústrias e de outros segmentos ligados ao setor primário. Destacam-se as indústrias de transformação, alimentos, petroquímicas, máquinas, automobilísticas (General Motors), implementos agrícolas, fertilizantes e de calçados.
A agropecuária, apesar de contribuir diretamente com apenas 11,2% para o PIB gaúcho, é uma atividade de fundamental importância para a economia estadual, pois é por meio dela que derivam vários segmentos da indústria e dos serviços.
O estado destaca-se por ser o terceiro maior produtor nacional de grãos, apresentando-se inferior apenas aos estados do Mato Grosso e Paraná, com expressiva colheita de arroz, soja, milho, trigo, mandioca e uva. Possui também um dos maiores rebanhos bovinos do país e a segunda maior criação de aves.
Dados da economia do Rio Grande do Sul:
- Produto Interno Bruto (PIB): 176,6 bilhões de reais
- PIB per capita: 18.777 reais
- Exportações – 18,3 bilhões de dólares:
Soja e derivados: 16%
Carnes: 12%
Fumo: 10%
Veículos automotores: 8%
Máquinas e equipamentos: 8%.
Calçados: 7%
Plataformas de perfuração e exploração: 5%
Plástico e seus produtos: 4%
Outros: 30%
- Importação – 14,5 bilhões de dólares:
Petróleo: 30%
Veículos automotores e peças: 13%
Adubos e fertilizantes: 12%
Máquinas e equipamentos: 10%
Derivados do petróleo: 9%
Produtos das indústrias químicas: 7%
Alimentos: 3%
Outros: 16%

Rio Grande Do Sul



Rio Grande do Sul é um estado brasileiro localizado no extremo sul do país. Sua capital é Porto Alegre, uma cidade moderna na qual vivem cerca de1.409.351 habitantes.
O estado do Rio Grande do Sul possui uma área de 268.781,896 km2, na qual se encontram 496 municípios povoados por aproximadamente  10.693.929  habitantes, esses são denominados de gaúchos ou sul-rio-grandense.

Economia do estado do Paraná

As atividades econômicas do Estado do Paraná são bastante variadas, por causa disso esse consegue se enquadrar entre os Estados de melhores economias, ou seja, os mais ricos. A economia paranaense está alicerçada na agricultura, pecuária, mineração, extrativismo vegetal e indústria.

Agricultura

O solo paranaense é fértil, favorecendo a atividade agrícola. O Estado produz uma grande variedade de culturas, se destaca como importante produtor de trigo, milho, soja, algodão e café.

Pecuária

Na atividade pastoril a criação de bovinos se destaca, contendo um numeroso rebanho, além de ser um grande produtor de suínos, destaca-se também na produção leiteira, de ovos, de bicho-da-seda, entre outros.

Mineração

O solo paranaense abriga enormes e diversificadas jazidas de minérios, os principais são: ouro, cobre, minerais nobres, além de outros como a areia, argila, calcário, caulim, dolomita, talco, granitos, mármore, chumbo e ferro.

Extrativismo vegetal

Esse tipo de atividade consiste em retirar da natureza itens vegetais com fins econômicos, com isso, as principais árvores exploradas são os pinheiros paranaenses (Araucária Angustifólia).

Indústria

Curitiba concentra uma cidade industrial que atua na indústria automobilística, metalmecânica, cimento, cerâmica, montagem de máquinas, tecidos, frigoríficos, além das agroindústrias que transformam produtos primários, como soja, milho, carne suína e madeira.

O parque industrial paranaense reúne, aproximadamente, 24 mil empresas, que geram resultados que superam a média nacional no ramo.

Informações da economia do Paraná

Participação no PIB nacional: 6,2%.
Composição do PIB estadual:
- agropecuário: 18,4%.
- indústria: 40%.
- prestação de serviços: 41,6%.
- Volume de exportação: 10 bilhões de dólares.

Produtos de exportação
- soja e derivados: 34,2%.
- veículos e peças: 21,4%.
- Madeira: 10%.
- Carne congelada: 8,2%.
- Outros alimentos, como milho, açúcar e café: 8,8

Aspectos naturais do Paraná


O território do Paraná é constituído por diversas composições naturais que refletem nas paisagens.

Para compreender a atual configuração da área estadual é de suma importância a realização de uma análise dos principais elementos que compõe o arranjo paisagístico da região.

Relevo

O Estado apresenta basicamente superfície plana, dispostas em grande altitude com planaltos escarpados. Ao longo da área paranaense é possível identificar cinco unidades de relevo:

Baixada litorânea

Formada por uma superfície plana, em alguns lugares alternam entre plano e elevado.

Serra do Mar

É formada a partir de imensos paredões verticais direcionados para o Oceano Atlântico, é justamente nesses locais que os pontos mais elevados do Estado são apresentados.

Planalto de Curitiba

Esse planalto possui uma elevação média de 900 metros, nele prevalecem rochas que demonstram duas variações, oscilações ou cristas geológicas.

Planalto de Guarapuava

É o maior planalto do Paraná, é constituído por lavas solidificadas, desse modo, o conjunto de rochas presentes são magmáticas, na região as altitudes variam entre 300 e 1.250 metros.

Clima

No Paraná, o clima predominante é o subtropical, embora haja uma restrita área de tropical com verões quentes e invernos rigorosos, sua capital é a cidade mais fria do país, pois apresenta temperatura média anual relativamente baixa.

Os índices pluviométricos no Estado atingem 2.000 mm anuais, as chuvas são bem distribuídas durante o ano todo, a temperatura média estadual é de 19ºC.

Vegetação

A cobertura vegetal do Estado é formada por Floresta Tropical, Floresta Subtropical e Campos.
A Floresta Tropical faz parte da Mata Atlântica, consiste em uma vegetação tipicamente brasileira que cobre boa parte do território, em especial a parte litorânea. A Floresta Subtropical é composta por vegetação latifoliadas, coníferas, cedro e erva-mate, denominada de Florestas das Araucárias.

Os campos se estabelecem de forma dispersa no território, existem dois tipos, Campos Limpos (9% do território) e Campos Cerrado (cerca de 1% da área estadual).

Hidrografia

Muitos rios paranaenses escoam suas águas diretamente no mar, outros vão a sentido oeste e são afluentes do rio Paraná. O Estado do Paraná possui em seu território cinco bacias hidrográficas.

Bacia do rio Paraná: seus afluentes principais são Piriquiri e Ivaí.

Bacia do rio Paranapanema: os afluentes são os rios Pirapó, Tibaji, das Cinzas e Itararé.

Bacia do rio Aguaçu: tem como afluentes os rios Chopim e Negro.

Bacia do rio Ribeira do Iguape: afluentes rio Ribeira do Iguape.

Bacia do Litoral Paranaense: águas que vão direto para o Oceano Atlântico.

Aspectos naturais de Santa Catarina

Conheça as características fundamentais dos elementos naturais contidos na paisagem do Estado de Santa Catarina.

Relevo

A superfície do território estadual consiste em um dos mais ondulados (acidentado) do país, no entanto, nas proximidades do litoral configura as planícies, chamadas de Planície Costeira, as serras se encontram situadas entre o Planalto e a Planície.

O ponto mais alto de Santa Catarina possui 1.822 metros de altitude, denominado de Morro da Igreja na Serra da Anta Gorda.

O que predomina no relevo do Estado são terras planas e altas, originando o Planalto Ocidental.

Tipos de relevo: serras, morros, planaltos e picos.

Planície Costeira: serras litorâneas.

Serras Litorâneas: Serra Geral, Pico do Iqueririm (1.616 metros), Morro do Cambirela (950 m), Morro do Spitzkopf (950 m), Serra do Tabuleiro, Serra do Tijucas, Serra do Itajaí e Serra do Jaraguá.

Planalto Ocidental: Morro da Igreja (1.822 m), Serra da Moema, Serra do Mirador, Serra dos Faxinais, Planalto de Lajes, Planalto de São Joaquim e Serra do Espigão.

Clima

O clima predominante em Santa Catarina é o subtropical, dessa forma, apresenta temperaturas amenas, essas podem variar entre 13º e 25ºC, os índices pluviométricos são relativamente elevados e bem distribuídos no decorrer do ano.

Diferentemente dos outros Estados brasileiros nos quais são percebidas basicamente duas estações do ano, em Santa Catarina é possível distinguir as quatro estações, constituídas por verões quentes e invernos rigorosos, os pontos mais elevados atingem até 1.810 metros, lugar onde ocorre precipitação de neves.

Vegetação

- Floresta Tropical Atlântica: esse tipo de vegetação é encontrado nas planícies costeiras, além de encostas e serras, é constituída de árvores de grande porte.

- Vegetação Litorânea: composta por mangues.

- Floresta Subtropical: formada a partir de vegetação rasteira.

- Floresta das Araucárias: constituída por pinheiros em maior número, no entanto, existem ainda canelas, cedros, erva-mate e xaxim.
- Campos: basicamente formados por gramíneas.

Hidrografia

No território de Santa Catarina existem duas bacias principais: Bacia Atlântico Sul e a Bacia do Uruguai.

Os rios que fazem parte da Bacia do Sudeste lançam suas águas diretamente no mar, desse modo os rios que fazem parte são: Araranguá, Cubatão, Itajaí-Açú e Itapocu.

Já a Bacia do Rio Uruguai é constituída por vários rios, como o Canoas, Pelotas, das Antas, Chapecó, Irani, Lava-Tudo, Peixe e Peperi-Guaçu.

Economia de Santa Catarina

A economia de Santa Catarina é diversificada, no território são desenvolvidas atividades econômicas no ramo da indústria, extrativismo (animal, vegetal e mineral), agricultura, pecuária, pesca, turismo. Santa Catarina é hoje o quinto Estado mais rico do país.

Indústria

O setor industrial atua, principalmente, na produção têxtil, cerâmica e metal-mecânica. Na agroindústria as duas maiores empresas de alimentos do Brasil são nativas de Santa Catarina, Sadia e Perdigão, além dessas empresas existem outras que destacam em diferentes modalidades como na indústria de motor elétrico, indústria de compressores e eletrodomésticos, como a Cônsul e a Brastemp.

Extrativismo

Nesse ramo de atividade destaca na extração de madeiras retiradas das Matas de Araucárias, além de obtenção de ervas e produção de papel.

Na extração mineral existem reservas de carvão, fluorita, sílex, além de jazidas promissoras de quartzo, argila, cerâmica, bauxita, pedras semipreciosas, petróleo e gás natural.

Agricultura

Na agricultura, o Estado ocupa um lugar de destaque na produção de milho, soja, fumo, mandioca, feijão, arroz, banana, batata inglesa, além de ser grande produtor de alho, cebola, tomate, trigo, maçã, uva, aveia e cevada.

Pecuária

Na criação de animais comerciais o Estado se destaca na produção de bovinos, suínos e aves.

Pesca

A pesca é considerada uma atividade de extração animal, em Santa Catarina essa fonte de renda representa um importante papel no panorama econômico.

O litoral catarinense é um dos maiores produtores de pescados e crustáceos do Brasil.

Turismo

A imensa quantidade de paisagens e atrativos naturais promove, de forma significativa, o desenvolvimento do turismo no Estado. Além de oferecer ao visitante a oportunidade de conhecer a arquitetura e os costumes herdados dos imigrantes europeus. Em suma, essa atividade assume um papel fundamental na receita do Estado.

Dados gerais acerca da economia de Santa Catarina

Participação no PIB (Produto Interno Bruto): 4,0%.
Composição do PIB estadual: agropecuário: 13,6%, indústria 52,55% e prestação de serviços 33,9%.

Volume de exportação anual: 5,6 bilhões de dólares.

Principais produtos de exportação e seus respectivos percentuais:

Carnes de aves e suínos: 26,1%
Móveis e artefatos de madeira: 15,4%.
Compressores: 8,5%.
Confecções de algodão: 6,8%.
Veículos e peças: 5,8%.
Madeira: 5,1%.
Cerâmica e louças: 4,5%.
Papel e papelão: 3,5%.
Motores elétricos: 3,4%.
Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola

FOTOS DO ESTADO DE SANTA CATARINA






quarta-feira, 20 de julho de 2011

Feliz dia do amigo

Difícil querer definir amigo.
Amigo é quem te dá um pedacinho do chão, quando é de terra firme que você precisa, ou um pedacinho do céu, se é o sonho que te faz falta.
Amigo é mais que ombro amigo, é mão estendida, mente aberta, coração pulsante, costas largas.
É quem tentou e fez, e não tem o egoísmo de não querer compartilhar o que
aprendeu. É aquele que cede e não espera retorno, porque sabe que o ato de compartilhar um instante qualquer contigo já o realimenta, satisfaz. É quem já sentiu ou um dia vai sentir o mesmo que você. É a compreensão para o seu cansaço e a insatisfação para a sua reticência.

É aquele que entende seu desejo de voar, de sumir devagar, a angústia pela compreensão dos acontecimentos, a sede pelo "por vir". É ao mesmo
tempo espelho que te reflete, e óleo derramado sobre suas águas agitadas. É quem fica enfurecido por enxergar seu erro, querer tanto o seu bem e saber que a perfeição é utopia. É o sol que seca suas
lágrimas, é a polpa que adocica ainda mais seu sorriso.

Amigo é aquele que toca na sua ferida numa mesa de chopp, acompanha suas vitórias, faz piada amenizando problemas. É quem tem medo, dor, náusea, cólica, gozo, igualzinho a você. É quem sabe que viver é ter história pra contar. É quem sorri pra você sem motivo aparente, é quem
sofre com seu sofrimento, é o padrinho filosófico dos seus filhos. É o achar daquilo que você nem sabia que buscava.

Amigo é aquele que te lê em cartas esperadas ou não, pequenos bilhetes em sala de aula, mensagens eletrônicas emocionadas. É aquele que te
ouve ao telefone mesmo quando a ligação é caótica, com o mesmo prazer e atenção que teria se tivesse olhando em seus olhos. Amigo é
multimídia.

Olhos... amigo é quem fala e ouve com o olhar, o seu e o dele em sintonia telepática. É aquele que percebe em seus olhos seus desejos, seus disfarces, alegria, medo. É aquele que aguarda pacientemente e se entusiasma quando vê surgir aquele tão esperado brilho no seu olhar, e é quem tem uma palavra sob medida quando estes mesmos olhos estão amplificando tristeza interior. É lua nova, é a estrela mais
brilhante, é luz que se renova a cada instante, com múltiplas e inesperadas cores que cabem todas na sua íris.

Amigo é aquele que te diz "eu te amo" sem qualquer medo de má interpretação : amigo é quem te ama "e ponto". É verdade e razão, sonho e sentimento. Amigo é pra sempre, mesmo que o sempre não exista.
 
 


 

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Imigração dos Portugueses

Portugueses  


Família de imigrantes portugueses em foto para o passaporte, Portugal, 1922
                                    Acervo Museu da Imigração - SP
  Como "descobridores" do Brasil, vieram para a colônia desde seus primeiros tempos de existência. Mesmo considerando-se apenas o período posterior à Independência (1822), os portugueses representam a etnia imigrante mais numerosa. Foram atraídos pelas dificuldades econômicas no país de origem e pelas afinidades lingüísticas. Lembremos, porém, que, considerado apenas o período 1877-1972, o fluxo de ingresso de portugueses e italianos se assemelhou, correspondendo respectivamente a algo em torno de 31% do total de entradas.
 Dedicaram-se tanto a atividades rurais como urbanas e, mais do que qualquer outra etnia, espalharam-se por várias regiões do Brasil.
    O Rio de Janeiro constitui o maior centro urbano concentrador de portugueses e seus descendentes. Controlaram, no passado, desde o comércio a varejo de alimentos até os grandes jornais. Durante o período que vai da Independência do Brasil a fins do século XIX, os portugueses foram alvo de críticas preconceituosas por parte dos nacionais, sobretudo no Rio de Janeiro.
 Essas críticas resultaram de ressentimentos para com os colonizadores e ganharam amplitude pela atividade exercida pelos portugueses na capital do País. Como estes controlavam aí a venda de gêneros alimentícios, tornaram-se muitas vezes bode expiatório para os problemas da população, decorrentes da elevação de preços.

A VINDA DE ITALIANOS PARA O BRASIL

Família de imigrantes italianos no Núcleo Colonial Jorge Tibiriçá, em Rio Claro, interior de São Paulo, em 1911
Acervo Museu da Imigração - SP

Os italianos começaram a imigrar em número significativo para o Brasil a partir da década de 70 do século XIX. Foram impulsionados pelas transformações sócio-econômicas em curso no Norte da península italiana, que afetaram sobretudo a propriedade da terra.
  Até a virada do século, italianos dessa região predominaram na corrente imigratória. A partir daí, os italianos do Centro-sul ou do Sul se tornaram dominantes. Um aspecto peculiar à imigração em massa italiana é que ela começou a ocorrer pouco após a unificação da Itália (1871), razão pela qual uma identidade nacional desses imigrantes se forjou, em grande medida, no Brasil.
 As grandes áreas de atração de imigrantes italianos para o Brasil foram os estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Considerando o período 1884-1972, verificamos que quase 70% dos italianos ingressaram no País pelo estado de São Paulo.
 As condições de estabelecimento dos italianos foram bastante diversas. A imigração sulina praticamente não foi subsidiada e os recém-chegados instalaram-se como proprietários rurais ou urbanos. Em São Paulo, foram a princípio atraídos para trabalhar nas fazendas de café, através do esquema da imigração subsidiada. Nas cidades paulistas, trabalharam em uma série de atividades, em especial como operários da construção e da indústria têxtil.
  Os imigrantes italianos influenciaram fortemente os hábitos alimentares nas regiões em que se fixaram e deram uma importante contribuição à industrialização gaúcha e paulista. A maioria dos primeiros grandes industriais de São Paulo - os Matarazzo, os Crespi - constituíram o grupo dos chamados "condes italianos", cuja proeminência só foi ultrapassada com o correr dos anos.

Movimentos de Imigração para o Brasil

Imigrantes a bordo, observando a cidade, momentos antes de desembarcar em Santos, SP
Acervo Museu da Imigração - SP

A vinda de imigrantes para o Brasil, ressalvada a presença dos portugueses - colonizadores do País - delineia-se a partir da abertura dos portos às "nações amigas" (1808) e da independência do País (1822). À margem dos deslocamentos populacionais voluntários, cabe lembrar que milhões de negros foram obrigados a cruzar o oceano Atlântico, ao longo dos séculos XVI a XIX, com destino ao Brasil, constituindo a mão-de-obra escrava.Os monarcas brasileiros trataram de atrair imigrantes para a região sul do País, oferecendo-lhes lotes de terra para que se estabelecessem como pequenos proprietários agrícolas. Vieram primeiro os alemães e, a partir de 1870, os italianos, duas etnias que se tornaram majoritárias nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Entretanto, a grande leva imigratória começou em meados de 1880, com características bem diversas das acima apontadas.
 A principal região de atração passou a ser o estado de São Paulo e os objetivos básicos da política imigratória mudaram. Já não se cogitava de atrair famílias que se convertessem em pequenos proprietários, mas de obter braços para a lavoura do café, em plena expansão em São Paulo. A opção pela imigração em massa foi a forma de se substituir o trabalhador negro escravo, diante da crise do sistema escravista e da abolição da escravatura (1888). Ao mesmo tempo, essa opção se inseria no quadro de um enorme deslocamento transoceânico de populações que ocorreu em toda a Europa, a partir de meados do século XIX, perdurando até o início da Primeira Guerra Mundial. A vaga imigratória foi impulsionada, de um lado, pelas transformações sócio-econômicas que estavam ocorrendo em alguns países da Europa e, de outro, pela maior facilidade dos transportes, advinda da generalização da navegação a vapor e do barateamento das passagens. A partir das primeiras levas, a imigração em cadeia, ou seja, a atração exercida por pessoas estabelecidas nas novas terras, chamando familiares ou amigos, desempenhou papel relevante. Nas Américas, pela ordem, os Estados Unidos, a Argentina e o Brasil foram os principais países receptores de imigrantes.
    No caso brasileiro, os dados indicam que em torno de 4,5 milhões de pessoas imigraram para o país entre 1882 e 1934. Destes, 2,3 milhões entraram no estado de São Paulo como passageiros de terceira classe, pelo porto de Santos, não estando, pois, aí incluídas entradas sob outra condição. É necessário ressalvar, porém, que, em certas épocas, foi grande o número de retornados. Em São Paulo, por exemplo, no período de crise cafeeira, (1903-1904), a migração líquida chegou a ser negativa. Um dos traços distintivos da imigração para São Paulo, até 1927, foi o fato de ter sido em muitos casos subsidiada, sobretudo nos primeiros tempos, ao contrário do que sucedeu nos Estados Unidos e, até certo ponto, na Argentina.
 O subsídio consistiu no fornecimento de passagem marítima para o grupo familiar e transporte para as fazendas e foi uma forma de atrair imigrantes pobres para um país cujo clima e condições sanitárias não eram atraentes. A partir dos anos 30, a imigração em massa cedeu terreno. A política nacionalista de alguns países europeus - caso típico da Itália após a ascensão de Mussolini - tendeu a colocar obstáculos à imigração para a América Latina.
    No Brasil, a demanda de força de trabalho, necessária para o desenvolvimento industrial, passou a ser suprida, cada vez mais, pelas migrações internas. Habitantes do Nordeste do País e do estado de Minas Gerais abandonaram suas regiões em busca do "el-Dorado paulista". Na década de 30, somente os japoneses, ligados à pequena propriedade agrícola, continuaram a vir em grande número para São Paulo. Em anos mais recentes, a imigração para o Brasil, qualitativamente, diversificou-se bastante. Novas etnias se juntaram às mais antigas, como é o caso da imigração de países vizinhos - Argentina, Uruguai, Chile, Bolívia etc. - tanto por razões profissionais como políticas.
    Coreanos passaram a compor a paisagem da cidade de São Paulo, multiplicando restaurantes e confecções. Após os primeiros anos de dificuldades extremas, que não foram muito diversas das que atravessaram em outros países, os imigrantes acabaram por se integrar à sociedade brasileira. Em sua grande maioria, ascenderam socialmente, mudando a paisagem sócio-econômica e cultural do Centro-sul do Brasil.
    No Sul, vincularam-se à produção do trigo, do vinho, e às atividades industriais; em São Paulo, impulsionaram o desenvolvimento industrial e o comércio. Nessas regiões, transformaram também a paisagem cultural, valorizando a ética do trabalho, introduzindo novos padrões alimentares e modificações na língua portuguesa, que ganhou palavras novas e um sotaque particular. Os imigrantes europeus, do Oriente Médio e asiáticos (portugueses, italianos, espanhóis, alemães, judeus, sírios e libaneses, japoneses) influenciaram a formação étnica do povo brasileiro, sobretudo na região Centro-sul e Sul do País. Tendo em conta as contribuições de índios e negros, disso resultou uma população etnicamente diversificada, cujos valores e percepções variam de um segmento a outro, no âmbito de uma nacionalidade comum.